Mania de Photo no Mundo Bibliotecário

O SEU PRÓPRIO LIVRO

O fotolivro é uma novidade. Permite a produção de livros de fotografias pessoais: trata-se de um álbum com jeito de livro, em offset digital. Para fazer um, basta ter (e saber usar!) um software específico. No caso, o mais facilmente encontrado é o D-Book, que é gratuito e pode ser baixado no sitewww.fotolivro.com.br. Mas é preciso paciência e habilidade. Quem se dedica a este trabalho são os scrapdesigners, como Daniela Zambelli, da Mania de Photo, que cria álbuns com figuras, fundos e textos coordenados com o tema. Preço médio: 350 reais, no formato A4.
“A durabilidade de um livro depende da sua constituição e condições de armazenamento. Existem livros dos séculos XII e XIII, feitos de papel trapo (algodão) com encadernações de pergaminho, por exemplo, que foram bem armazenados e se apresentam em boas condições físicas. No entanto, livros bem mais recentes, das décadas de 1930 ou 1940, compostos com papel de qualidade ruim, com impurezas, tornam-se quebradiços de forma irreversível”, explica Beth.
Segundo Regina, os cuidados para garantir a durabilidade envolvem a climatização, com temperatura entre 21 a 23 graus centígrados; a umidade do ar, entre 55 a 60%; e a iluminação adequada, ou seja, indireta. “Também é importante manusear periodicamente o livro para oxigená-lo e impedir o acúmulo de microrganismos (fungos) que atacam o papel e colaboram na degradação”, lembra, e ainda recomenda: “Não se deve acondicionar livros em sacos plásticos, o que impede a oxigenação do papel. Também não é indicado o uso de marcadores de páginas de metal, que oxidam o papel”, orienta.

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Conservação de livros

Títulos raros ou de valor afetivo pedem cuidados com a manutenção e encadernação. Trabalho para profissionais especializados
Yara Guerchenzon
Ao longo da história, os livros foram ganhando encadernações cada vez mais sofisticadas e resistentes. Se entre os séculos VIII e XI, elas eram feitas com pele de cervo, porco, ou ainda de tecido com capas de madeira, somente nos séculos XVII e XVIII ganharam as versões luxuosas, com capas de cartão rígido cobertas de couro, adornadas com florões e filetes a ouro. Para resgatar a vida desses exemplares que atravessaram os tempos, ou daqueles de algumas décadas atrás, mas que trazem consigo histórias carregadas de afeto, profissionais recriam a arte da encadernação, restaurando páginas amareladas e rasgadas e recuperando capas originais. Ou ainda: renovando-as, porém com ares de antigamente. E, para quem quer enriquecer um livro de capa simples ou padronizar a biblioteca, existem inúmeras opções, com variações entre o clássico e o moderno. Antes de contratar esses serviços, veja as dicas de nossos consultores.

QUALIDADE

Segundo a bibliotecária Regina Celi Sousa, presidente do CRB8ª – Conselho Regional de Biblioteconomia 8º Região de São Paulo, antes de tudo, deve-se observar a competência do restaurador e encadernador, após a avaliação dos trabalhos executados, levando em consideração detalhes do acabamento, como a capa e a costura bem feitas, se a guarda (página em papel neutro, para proteção, no início e no final do livro) inserida é de papel neutro ou, ainda, se há um espaço regular, de 0,3 mm, nas margens. Já a designer gráfica Beatriz Ejchel, da Ahhh! Design, que utiliza a encadernação para desenvolver caixas, livros em edição de luxo, portfolios e álbuns, lembra que esses profissionais precisam ter formação específica: “Devem ter estudado no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo ou na ABER, Associação Brasileira de Encadernação e Restauro, pois são entidades reconhecidas. É a técnica que determina a qualidade da peça, com atenção às margens de corte, controle da dobra e sangria, além do uso da de boa cola”, orienta. Nido Campolongo, designer de cenários e objetos de papel, assim como Beatriz Ejchel, recomenda a pesquisa de profissionais na ABER. Outra consultora é a arquiteta e professora dos cursos de encadernação da própria ABER, Elizabeth Csuraji, que classifica as encadernações como comercial e artesanal. “As comerciais são funcionais, para livros com fins específicos: fiscais, apostilas, publicações editoriais. Geralmente são feitas à máquina ou à mão, mas com materiais nem sempre adequados quando se pensa na durabilidade. As artesanais são feitas à mão, com cadernos costurados. Geralmente, utiliza-se um bastidor onde são fixados os suportes nos quais a costura é enlaçada e posteriormente presa às capas. São indicadas para conservar um livro atual, quando se quer maior durabilidade, ou para livros de época que necessitam de novo acondicionamento”, explica.

CUSTO

O valor de uma encadernação é diretamente proporcional ao material utilizado, à grossura e tamanho do livro. Regina explica: “A encadernação comercial usa material plastificado, enquanto a de livros clássicos ou raros requer o couro. Já o custo de uma restauração depende do estado do livro, afinal quanto mais danificado, mais trabalhoso o serviço”, lembra.
No caso de encadernações especiais, como as desenvolvidas nos projetos de Bea Ejchel, não há uma tabela: “O cálculo é sempre baseado no tempo da mão-de-obra e nos materiais usados”, afirma.

TEMPO DE EXECUÇÃO

Segundo Regina, o serviço de encadernação pode demorar de um a três dias, no caso de um título comum. Para Beatriz, essa etapa leva de 15 a 30 dias. “Trabalhos diferenciados demandam mais tempo”. No caso de restauros, Beth diz que o serviço pode levar meses, dependendo do grau de deterioração.

MATERIAIS DE PRIMEIRA

A bibliotecária Regina afirma que, na restauração, o papel japonês é o recomendado, desde que na gramatura correta. “O reforço das folhas inteiras de livros e documentos deve ser feito com papel japonês que, por sua transparência e textura, permite visibilidade do texto e resistência ao manuseio”. Nido alerta sobre o material usado nas capas: “Deve-se ficar atento ao papelão. Se não for bom, com o tempo enverga”, diz, sugerindo o Horle 20 pela espessura apropriada. A arquiteta Beth explica o passo-a-passo do serviço: “Os materiais devem ser livres de acidez e a cola, reversível, no caso de uma futura intervenção. Nos restauros, procura-se preservar a autenticidade da obra, mantendo capas originais e formato. O tipo de encadernação também é definido de acordo com o livro, estrutura, época, além da finalidade a que se destina: coleção particular, instituição, biblioteca. As etapas da encadernação basicamente são: higienização, numeração e mapeamento dos cadernos, desmonte do livro, banho se necessário, secagem, prensagem dos cadernos, costura, preparação da lombada e pastas, montagem, revestimento, fechamento com guardas e douração – feita com uma película à base de ouro”. Segundo Nido, é a guarda que prende o miolo do livro à capa, daí a sua importância, sendo que a melhor deve ser feita em papel de fibra longa, mais resistente.

PROBLEMAS COMUNS

Como bibliotecária, Regina conhece no seu dia-a-dia os problemas que podem danificar os livros, como umidade e fungos. “Podem sofrer infestação por insetos como traça, broca e cupins, decorrentes da própria cola utilizada. Já a infestação por fungos é proveniente de ambientes úmidos. E a iluminação inadequada amarela as páginas e desbota as capas, pois os raios ultravioletas aceleram o processo de envelhecimento. Os livros muito comprimidos nas prateleiras, por sua vez, ficam com as lombadas danificadas ao serem retirados e, em conseqüência, precisam de nova encadernação”, ensina.

VIDA ÚTIL

“A durabilidade de um livro depende da sua constituição e condições de armazenamento. Existem livros dos séculos XII e XIII, feitos de papel trapo (algodão) com encadernações de pergaminho, por exemplo, que foram bem armazenados e se apresentam em boas condições físicas. No entanto, livros bem mais recentes, das décadas de 1930 ou 1940, compostos com papel de qualidade ruim, com impurezas, tornam-se quebradiços de forma irreversível”, explica Beth.
Segundo Regina, os cuidados para garantir a durabilidade envolvem a climatização, com temperatura entre 21 a 23 graus centígrados; a umidade do ar, entre 55 a 60%; e a iluminação adequada, ou seja, indireta. “Também é importante manusear periodicamente o livro para oxigená-lo e impedir o acúmulo de microrganismos (fungos) que atacam o papel e colaboram na degradação”, lembra, e ainda recomenda: “Não se deve acondicionar livros em sacos plásticos, o que impede a oxigenação do papel. Também não é indicado o uso de marcadores de páginas de metal, que oxidam o papel”, orienta.

MANUTENÇÃO E HIGIENE

Os locais destinados ao armazenamento, como armários e estantes, devem ser arejados e periodicamente limpos. E a higiene deve ser feita com aspirador, pano macio ou pincéis tipo trincha. “A limpeza do miolo do volume deve ser feita com uma trincha macia, página por página, em local ventilado, utilizando máscara e luvas cirúrgicas, para evitar problemas de alergia ou contaminação por fungos. Já a limpeza dos cortes dos volumes é feita com flanela de cor branca e seca, ou com uma trincha estreita e macia, com o cuidado de manter o livro bem fechado. Se tiver marcas deixadas por insetos ou gorduras, a limpeza pode ser com uma lixa fina, adequada para papel japonês”, ensina a presidente do CRB8ª.

SERVIÇO DE ORGANIZAÇÃO

Para se pôr ordem a uma biblioteca, Regina sugere a contratação de uma empresa especializada ou de um bibliotecário autônomo, desde que registrado no Conselho Regional de Biblioteconomia. “A empresa ou o profissional verificam a necessidade do cliente e elaboram um projeto. O valor do trabalho, por sua vez, pode ser definido por um preço geral ou por livro. Se há urgência na execução do serviço, podem ser alocados vários bibliotecários, logicamente com variação nos valores”, explica.

ÁLBUNS CUSTOMIZADOS

O scrapbook é, ao pé da letra, um álbum de recortes. E a técnica do scrapbooking, importada dos Estados Unidos, consiste na personalização de um álbum, com riqueza de detalhes. A ‘moda’ chegou ao País há quase 10 anos e hoje existem diversas lojas especializadas em materiais (papéis, botões, letras, flores de tecido e inúmeras miudezas) e instrumentos utilizados nesse trabalho artesanal, sendo todos com nomes em inglês. “Existe até um dicionário de scrap”, conta Geórgia Cruz Lima, professora da técnica e que a aplica não só em álbuns de fotos, mas também na decoração de capas de agendas e diários de viagens.

O SEU PRÓPRIO LIVRO

O fotolivro é uma novidade. Permite a produção de livros de fotografias pessoais: trata-se de um álbum com jeito de livro, em offset digital. Para fazer um, basta ter (e saber usar!) um software específico. No caso, o mais facilmente encontrado é o D-Book, que é gratuito e pode ser baixado no sitewww.fotolivro.com.br. Mas é preciso paciência e habilidade. Quem se dedica a este trabalho são os scrapdesigners, como Daniela Zambelli, da Mania de Photo, que cria álbuns com figuras, fundos e textos coordenados com o tema. Preço médio: 350 reais, no formato A4.
“A durabilidade de um livro depende da sua constituição e condições de armazenamento. Existem livros dos séculos XII e XIII, feitos de papel trapo (algodão) com encadernações de pergaminho, por exemplo, que foram bem armazenados e se apresentam em boas condições físicas. No entanto, livros bem mais recentes, das décadas de 1930 ou 1940, compostos com papel de qualidade ruim, com impurezas, tornam-se quebradiços de forma irreversível”, explica Beth.
Segundo Regina, os cuidados para garantir a durabilidade envolvem a climatização, com temperatura entre 21 a 23 graus centígrados; a umidade do ar, entre 55 a 60%; e a iluminação adequada, ou seja, indireta. “Também é importante manusear periodicamente o livro para oxigená-lo e impedir o acúmulo de microrganismos (fungos) que atacam o papel e colaboram na degradação”, lembra, e ainda recomenda: “Não se deve acondicionar livros em sacos plásticos, o que impede a oxigenação do papel. Também não é indicado o uso de marcadores de páginas de metal, que oxidam o papel”, orienta.

MANUTENÇÃO E HIGIENE

Os locais destinados ao armazenamento, como armários e estantes, devem ser arejados e periodicamente limpos. E a higiene deve ser feita com aspirador, pano macio ou pincéis tipo trincha. “A limpeza do miolo do volume deve ser feita com uma trincha macia, página por página, em local ventilado, utilizando máscara e luvas cirúrgicas, para evitar problemas de alergia ou contaminação por fungos. Já a limpeza dos cortes dos volumes é feita com flanela de cor branca e seca, ou com uma trincha estreita e macia, com o cuidado de manter o livro bem fechado. Se tiver marcas deixadas por insetos ou gorduras, a limpeza pode ser com uma lixa fina, adequada para papel japonês”, ensina a presidente do CRB8ª.

SERVIÇO DE ORGANIZAÇÃO

Para se pôr ordem a uma biblioteca, Regina sugere a contratação de uma empresa especializada ou de um bibliotecário autônomo, desde que registrado no Conselho Regional de Biblioteconomia. “A empresa ou o profissional verificam a necessidade do cliente e elaboram um projeto. O valor do trabalho, por sua vez, pode ser definido por um preço geral ou por livro. Se há urgência na execução do serviço, podem ser alocados vários bibliotecários, logicamente com variação nos valores”, explica.

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